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Embaixador da Ucrânia minimiza risco nuclear e diz que Brasil não quis lidar com a questão da guerra durante o G20

Andrii Melnyk vê risco 'mínimo' de escalada nuclear e afirmou que ameaças de Putin não devem ser levadas a sério. Embaixador disse que Zelensky enviou cart...

Embaixador da Ucrânia minimiza risco nuclear e diz que Brasil não quis lidar com a questão da guerra durante o G20
Embaixador da Ucrânia minimiza risco nuclear e diz que Brasil não quis lidar com a questão da guerra durante o G20 (Foto: Reprodução)

Andrii Melnyk vê risco 'mínimo' de escalada nuclear e afirmou que ameaças de Putin não devem ser levadas a sério. Embaixador disse que Zelensky enviou carta a Lula pedindo para participar do encontro, mas não foi autorizado. Embaixador da Ucrânia no Brasil comenta reunião do G20 O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, criticou a forma como as discussões sobre a guerra foram conduzidas no G20. Em entrevista à GloboNews, nesta terça-feira (19), ele também minimizou as ameaças nucleares da Rússia. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Melnyk disse que o Brasil está distante da Ucrânia. O embaixador afirmou que o presidente Volodymyr Zelensky enviou uma carta a Lula pedindo para participar do G20. No entanto, segundo ele, o pedido foi negado. Para Melnyk, o G20 poderia ter funcionado como um local onde uma nova trativa de paz entre a Rússia e a Ucrânia poderia começar a ser discutida. Para ele, o presidente Lula deveria usar a influencia que tem para ajudar a parar a guerra. "Foi um desapontamento para nós a questão de como a maior guerra no globo desde 1945 ter sido separada da discussão. O Brasil não queria lidar com essa questão", afirmou. Segundo o embaixador, no primeiro dia da Cúpula do G20, na segunda-feira (18), a Rússia fez ataques contra Odessa, provocando a morte de 10 civis. Já nesta terça-feira, 12 pessoas morreram em um novo bombardeio contra o país. Melnyk comentou o fato de os Estados Unidos ter autorizado o uso de mísseis norte-americanos para atacar o território russo. O embaixador afirmou a Ucrânia irá usar o armamento apenas para bombardear alvos militares. Sobre as ameaças de uso de armamento nuclear por parte da Rússia, o embaixador ucraniano afirmou que o mundo não precisa levar a sério as afirmações do presidente russo, Vladimir Putin. "Nesses mil dias de guerra já ouvimos retóricas semelhantes", disse. "Se a Rússia fosse usar armas nucleares contra a Ucrânia seria uma linha vermelha não só para nós, mas também para o Brasil e para a China. Sem dúvida a Rússia iria perder o restante da credibilidade que ainda tem." Melnyk disse que o risco de uma escalada nuclear no conflito é "mínimo". O embaixador também descartou a possibilidade de a Ucrânia ceder território à Rússia em negociações de paz. LEIA TAMBÉM Putin assina decreto que flexibiliza uso de armas nucleares; veja o que muda Ataque da Ucrânia à Rússia com mísseis dos EUA: como a decisão de Biden pode ampliar guerra Com medo da Rússia, Suécia faz vídeo para instruir população em caso de guerra; ASSISTA Declaração do G20 EUA autorizam uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia Imagem: Reprodução/TV Globo A declaração final do G20 pediu o fim da guerra na Ucrânia, destacando o sofrimento humano e o impacto negativo do conflito na segurança alimentar e energética global. "Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, defendendo todos os Propósitos e Princípios da Carta das Nações Unidas para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações", diz o documento. No entanto, a declaração não fez nenhuma menção à Rússia. O país é um membro permanente do G20 e enviou o chanceler Sergey Lavrov para o encontro no Rio de Janeiro. Para o professor Carlos Frederico Coelho, do Instituto de Relações Internacionais da PUC, a declaração deste ano foi menos incisiva do que a do encontro do G20 do ano passado. "No ano anterior, a gente teve uma menção explícita à Rússia, isso não aconteceu mais", explicou. VÍDEOS: mais assistidos do g1