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Pagers recém-comprados, mensagem falsa para despistar e apito antes de explodir: os detalhes da ação secreta contra o Hezbollah

Explosão de pagers do Hezbollah no Líbano deixou 12 mortos e mais de 2.700 feridos. Israel foi acusado de ter implantado os explosivos. Centenas de 'pagers' d...

Pagers recém-comprados, mensagem falsa para despistar e apito antes de explodir: os detalhes da ação secreta contra o Hezbollah
Pagers recém-comprados, mensagem falsa para despistar e apito antes de explodir: os detalhes da ação secreta contra o Hezbollah (Foto: Reprodução)

Explosão de pagers do Hezbollah no Líbano deixou 12 mortos e mais de 2.700 feridos. Israel foi acusado de ter implantado os explosivos. Centenas de 'pagers' do grupo extremista Hezbollah explodem no Líbano Doze pessoas morreram e outras 2.750 ficaram feridas após pagers de membros do Hezbollah explodirem em uma operação coordenada, na terça-feira (17). Os equipamentos foram importados da Gold Apollo, cuja sede fica em Taiwan, e emitiram um alerta antes da explosão, simulando uma mensagem real. A Gold Apollo, no entanto, afirmou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste — os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O jornal "The New York Times" revelou que autoridades receberam informações sobre a operação, indicando que Israel implantou os explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. Segundo a reportagem, uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente. Por volta das 15h30, pelo horário local (9h30, em Brasília), os equipamentos receberam uma mensagem que parecia ter vindo da liderança do Hezbollah. A mensagem "falsa", no entanto, ativou os explosivos. Explosivos em pagers do Hezbollah foram implantados em chip, eram indetectáveis e tinham algoritmo específico, diz TV libanesa Testemunhas ouvidas pela agência Reuters afirmaram que várias pessoas sofreram ferimentos na cabeça, nas mãos ou na região da cintura. O fato de o pager ter tocado antes da explosão pode ter induzido os usuários a se aproximarem ou manusearem os equipamentos. O The New York Times informou que o Hezbollah encomendou mais de 3 mil pagers da Gold Apollo. Os equipamentos foram distribuídos para membros do grupo extremista no Líbano, além de aliados no Irã e na Síria. LEIA TAMBÉM SANDRA COHEN: Explosões coordenadas em pagers surpreendem e abalam o Hezbollah BRASIL: Governo condena explosões de pagers no Líbano: 'Escalada significativa de tensões' SEM GPS: Hezbollah usa aparelho da década de 1990 para fugir de rastreamento de Israel TECNOLOGIA: O que são os pagers, dispositivos que explodiram no Líbano O ataque Homem mostra como ficou pager após explosão Telegram/Reprodução A onda de explosões durou cerca de uma hora. Entre os mortos, estão uma menina e dois integrantes do Hezbollah, segundo o grupo xiita. Imagens das câmeras de segurança de um supermercado em Beirute registraram o momento de duas dessas explosões: uma de um homem que pagava suas compras no caixa e outra perto de uma bancada de frutas. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi um dos feridos pelas explosões. Segundo a embaixada, Amani sofreu ferimentos leves. A Cruz Vermelha Libanesa diz que mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram enviadas para ajudar no socorro às vítimas. Após as explosões desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna. Um representante do Hezbollah, que falou à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, afirmou que a detonação dos pagers foi a "maior falha de segurança" a qual o grupo foi submetido desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. Os pagers foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nas décadas de 1950 e 1960 que se popularizou durante as décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares. VÍDEOS: mais assistidos do g1